quarta-feira, 7 de outubro de 2009

MEC define nova data de aplicação do Enem; será nos dias 5 e 6/12


O MEC (Ministério da Educação) definiu nesta terça-feira (6) a nova data de aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2009. A prova, que foi adiada por vazamento de seu conteúdo, será aplicada nos dias 5 e 6 de dezembro. A informação é do gabinete do Ministério da Educação.

A data será levada ao Ministério da Justiça, durante a tarde desta terça, em reunião entre o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o da Justiça, Tarso Genro.


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Reprodução da capa da prova de ciências da natureza e de ciências humanas do Enem 2009 que sofreu vazamento
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Ainda é possível uma nova alteração no calendário, caso o Ministério da Justiça não dê aval para aplicação por questões de segurança.

De acordo com o MEC, os Correios deverão fazer a distribuição dos lotes de exame a todo o país. Já o Exército ficará responsável pela segurança do armazenamento da avaliação.

Durante a tarde desta segunda-feira (5), o ministério havia escolhido duas alternativas para a aplicação do exame: ou o último fim de semana de novembro ou o primeiro de dezembro.

De acordo com o presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), Alan Barbiero, o ministério aventou as duas possibilidades e escolheu de acordo com o menor impacto para vestibulares de todo o país.

Vestibulares em 5 e 6 de dezembro

Na data prevista para o novo Enem 2009, estão marcadas provas dos vestibulares da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e das Fatecs (Faculdades de Tecnologia) de São Paulo, por exemplo.

O UOL Educação contatou essas instituições, mas elas ainda não foram informadas oficialmente da decisão do ministério.

Investigação da PF

O grupo que vazou o Enem furtou ao menos dois exemplares da prova, segundo reportagem da Folha de S. Paulo. Mas a Polícia Federal já investiga a possibilidade de outro conjunto de questões também ter sido subtraído antes da prova.

Aumentou o número de suspeitos de envolvimento no vazamento, com a confissão de dois jovens contratados pelo Connasel (Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção, responsável pela produção e aplicação da prova), que admitiram ontem ter retirado exemplares da prova de dentro da gráfica Plural, que imprimia os exames.

Até ontem, cinco pessoas já haviam sido indiciadas: Felipe Pradella (furto, violação de sigilo e extorsão); o dono de pizzaria Luciano Rodrigues e o DJ Gregory Camilo Craid (violação de sigilo, corrupção passiva e estelionato); "Felipe" e "Marcelo", os novos personagens (furto e violação de sigilo).

A polícia investiga agora a participação de uma mulher no furto de uma terceira prova.

Ontem, a PF interrogou Felipe Pradella, o "organizador de caixas" contratado pela Connasel, fotografado quando tentava vender, por R$ 500 mil, um exemplar da prova para jornalistas de "O Estado de S. Paulo", que noticiou o vazamento.

Pradella negou que tenha furtado a prova. Segundo sua advogada, ele confessou ter recebido a prova das mãos de um amigo que prestava serviços dentro da gráfica. Pradella admitiu que tentou vender a prova aos jornalistas.

Por indicação de Pradella, a polícia chegou ao nome de um dos rapazes que teria furtado o exame. Este, por sua vez, denunciou o terceiro nome, que também trabalhava dentro da gráfica. "Felipe" e "Marcelo" tornaram-se, assim, suspeitos de coautoria no crime de furto.

Enem 2009 cancelado

Na madrugada de quinta-feira (1º), o MEC cancelou a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) que seria aplicada nos dias 3 e 4 de outubro a mais de 4 milhões de candidatos.

A decisão foi tomada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, após ter sido alertado pela reportagem do jornal 'O Estado de S. Paulo' sobre a quebra do sigilo do exame. Um homem, de acordo com a reportagem, tentou vender uma cópia da prova ao jornal por R$ 500 mil.

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